O PT lançou um documento chamado “Caderno de Teses”. A julgar o que está escrito ali, o PT tem planos de tornar mesmo o Brasil uma Venezuela, ou algo até pior. Vejamos alguns trechos impossíveis, a começar pelo título:
Com esse título sabemos, logo abaixo, que a vertente da Frente Democrática Popular defende o seguinte.
“Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.”
Na prática: expandiram o Estado a ponto de não permitir que se pague mais as contas. Agora o tubarão faminto quer morder mais.
“Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.
Medo. Como será que esperam ser capazes?
“A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contraofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.”
Ou seja, basicamente continuar chamando militantes e pagando um trocado para ocupar as ruas. O que já está bem difícil de convencer ultimamente.
“A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina,se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. Para isto, precisamos de uma aliança estratégica com as forças democrático-populares, com a esquerda política e social. Precisamos, também, combinar luta institucional, luta social e luta cultural. Recuperar o apoio ativo da maioria da classe trabalhadora, ganhar para nosso lado parte dos setores médios que hoje estão na oposição, dividir e neutralizar a burguesia, isolando e derrotando o grande capital transnacional-financeiro. Isso implica abandonar a conciliação de classe com nossos inimigos.
Agora é guerra, então? Escolha as suas armas: mimimi, impostos, juros altos, new deal, reformas de base, projeto cruzado… tudo canoa furada. A melhor solução é termos menos governo. Para termos menos corrupção, só é possível eliminando o Estado gigante que promove e até mesmo cria máfias.
“A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita. Por isto, o 5o Congresso do PT deve dizer ao governo: que os ricos paguem a conta do ajuste, que as forças democrático-populares ocupem o lugar que lhes cabe no ministério, que a presidenta assuma protagonismo na luta contra a direita, contra o ‘PIG’ e contra a especulação financeira.”
Divulguem isso mesmo e amanhã grande parte do PIB do Brasil migra para a Europa e para os EUA. Boa sorte para cobrar impostos depois dessa sacada genial.
“Faz-se necessário, também, implementar uma política de comunicação do campo democrático e popular, iniciando pela construção de uma agência de notícias, articulada a mídias digitais (inclusive rádio e TV web), com ação permanente nas redes sociais, que sirva de retaguarda e de instrumento do campo democrático-popular na batalha de ideias, tomando como exemplos o papel cumprido pelo Muda Mais na campanha eleitoral de 2014 e as diversas experiências semelhantes existentes nas mídias partidárias, sindicais e sociais de esquerda. Esta agência de notícias deve estar articulada à produção de um jornal diário de massas, criando uma rede com o conjunto das publicações do campo democrático-popular e integrando esta ação de comunicação política com o amplo movimento cultural que está em curso neste país e que foi tão importante no segundo turno. A política de comunicação de que necessitamos se integra à política de cultura e de educação, com o objetivo de criar uma cultura de massas orientada por valores democrático-populares e socialistas, combatendo a crescente ofensiva conservadora no terreno das ideias.”
Ou seja: mídia estatal, similar aos moldes Venezuelanos. Depois só falta começar a taxar o papel dos atuais donos da mídia para tornar o negócio deles impraticável. Já viu esse filme? Porque aí, para completar a história, teríamos justamente o que o Chávez fez na Venezuela, ou seja, uma…
“Reforma política, através de uma Constituinte exclusiva seguida de uma consulta oficial à população, para que esta referende ou não as decisões da Constituinte.
Claro, PT. Mas só se só tivermos votação com papel, ok? Nada de urnas eletrônicas ou sistemas de votação via web. E, de preferência, com um tribunal eleitoral que não tenha Dias Toffoli como presidente. Com isso, nada feito. Mas aí o PT vem e diz que vai o que não deve:
“Uma estratégia que reconheça que só é possível continuar melhorando a vida do povo se fizermos reformas estruturais. Que construa as condições políticas para fazer reformas estruturais. Que recoloque o socialismo como objetivo estratégico. Que constate que o grande capital é nosso inimigo estratégico. Que não acredite nos partidos de centro-direita como aliados. Que seja baseada na articulação entre luta social, luta institucional, luta cultural e organização partidária. Que retome a necessidade do partido dirigente e da organização do campo democrático-popular.”
E depois, quando falamos que o PT é “socialista do século 21” igualzinho os Castro, Chávez, Maduro, Kirchner e outros, muita gente acha que é pura teoria da conspiração. Mas a partir do momento em que isso se encontra online, disponível para todos e plenamente conhecido da população, presume-se que os planos do PT para o futuro não são nada bons. Autoritarismo, impostos altos, economia travada, inflação alta, substituição de importações e acusações conspiratórias contra os ricos. Eis o futuro do Brasil do século 21 sob o governo petista.
Mas também, como já dizia Caetano Veloso: “Ou não”.
Mas esse não depende de você.
Se você é a favor da liberdade, está mais do que na hora de fazer escolhas.
Se você entende perfeitamente o que está escrito aqui, está na hora de temer pelo nosso futuro.
Do contrário, não teremos futuro algum.
FONTE: http://www.pt.org.br/wp-content/uploads/2015/04/TESES5CONGRESSOPTFINAL.pdf?hc_location=ufi