A escolha pela liberdade e a falsidade da tirania

Vivemos uma eleição de 2018 absolutamente espantosa. A quantidade de mentiras sobre o candidato Jair Bolsonaro, que havia sido antecipada ainda em 2015 em uma conferência do Partido dos Trabalhadores, mostrou o quanto a tirania pode se utilizar de estratégia e de agitação e propaganda para se disfarçar de democrata.

Sabemos que o Partido dos Trabalhadores é um partido de raízes comunistas. Ideólogos que fizeram parte de sua fundação, observaram que o comunismo que jamais deu certo no Leste Europeu poderia dar certo no Brasil dadas algumas condições.

A primeira delas era inspirar-se em Hitler e chegar ao poder por meio da propaganda. Quem não lembra do “Lulinha paz e amor” que escreveu a tal da “carta ao povo brasileiro” manifestando-se como grande democrata e jamais um sindicalista inspirado no comunismo? Essa carta é o início de uma história de tirania que pode ter chegado ao fim no Brasil.

Nesse princípio, Lula imitava outro presidente com os mesmos ideais: Hugo Chávez. Em 1998, Hugo Chávez dava uma entrevista e nela dizia algumas coisas que se provaram mentira. Nessa entrevista, Hugo Chávez garantia que deixaria o poder após 5 anos. Disse que não nacionalizaria nenhuma empresa, que iria atrair investimentos estrangeiros ao país e ainda por cima deixou claro que acreditava que Cuba era uma ditadura.

Lula manteve a pecha de democrático em seus primeiros 8 anos de governo? Não. Começou a montar as bases quase fascistas de seu plano de domínio dos poderes judiciário e legislativo. Ao judiciário acenava com indicações estratégicas para o Supremo Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça. A procuradoria geral da república também recebeu indicações de amigos. Com isso Lula começou a criar seu plano de poder.

O plano de Lula era de 20 anos. Pretendia eleger José Dirceu que, infelizmente para Lula, fora sacrificado pelo escândalo do mensalão pelo relator da ação penal 470, a ação do famigerado “mensalão”. A ascensão de Dilma, mulher que estava na categoria que Lula mais tarde viria chamar de “grelo duro”, era exatamente uma alternativa interessante. Afinal ela era guerrilheira como Dirceu. Consta que era versada no marxismo e, além disso, teria feito operações de terrorismo durante o período da luta armada dos radicais comunistas do Brasil. Era um nome importante e poderia alavancar ainda mais o Brasil no poder.

Era claro, para Lula, que estatizar empresas seria uma burrice. Portanto, após deixar o poder, deixou a tarefa para Dilma aumentar o estado não privatizando empresas, mas sim criando novas estatais, novos cabides de empregos, para que o partido se perpetuasse no poder, gerasse mais pessoas como altos salários que, por sua vez, se reverteriam em contribuições partidárias diretas ou indiretas ao PT.

Para chegar a 20 anos no poder, Lula precisaria que Dilma completasse os seus 8 anos e Lula fosse eleito pelos próximos quatro anos. No plano original, a ideia era de que Lula se tornasse uma sumidade única na história. Que ultrapassasse o total de anos que Getúlio Vargas havia ficado no poder, curiosamente, nosso maior fascista e presidente brasileiro mais admirado por Lula.

A intenção era que, após a maior comunização de Dilma, Lula e sua trupe dominariam o país para sempre, formando por aqui uma espécie de Venezuela mesmo, já que o seu plano era criar e tentar todos os experimentos socialistas por lá realizados. Um deles, por sinal, ainda está em andamento: o programa Mais Médicos lançado por Dilma.

Tal programa tampouco é novidade. Implantado na Venezuela, serviu como base para a criação de grupos de supostos médicos que iriam influenciar e fazer agitação e propaganda naquele país para manter no poder Chávez e, posteriormente, Maduro. Esses médicos, na verdade, pouco estavam preocupados com medicina. Com medo de perderem suas famílias, sob o jugo dos Castro em Cuba, muitos exerciam o duplo papel de espionar as pessoas, condicioná-las, fazer propaganda e levar ao poder para sempre os embutes socialistas que mantinham sequestradas suas famílias em Cuba.

No Brasil, curiosamente, a maioria desses médicos foi parar no Nordeste, região onde, principalmente no interior, houve grande concentração de votos para Lula novamente nessas eleições de 2018.

Digo Lula porque o candidato jamais foi Haddad. De novo escolhido por Lula por ser um dos maiores ideólogos marxistas do partido e por ter algum carisma, Haddad se mostrou um homem servil às vontades de seu mestre. Ao fim, após derrotado, chegou a declarar que queria vencer por Lula. Jamais pensou em vencer pelo Brasil. Porque uma das características clássicas da elite vermelha é exatamente o culto à personalidade. Jamais o culto à nação, à pátria ou à humanidade.

Porém, na reta final das eleições, após tentar facada, mentira e de tudo, coube à esquerda voltar-se a estratégia final: a da mentira. Para isso colocaram Bolsonaro na conta da ditadura e da tortura. Enquanto isso, passaram a oferecerem a si mesmos como uma solução democrática.

Se no primeiro turno, quando Haddad ainda radicalizava, teve somente 31 milhões de votos, no segundo turno ganhou 16 milhões de votos. Votos esses que, aparentemente, foram conquistados a partir dessas mentiras deslavadas sobre o suposto racismo e fascismo de Bolsonaro.

Até mesmo tentaram plantar histórias de supostos neonazistas atacando uma jovem. A descoberta de que ela teria se automutilado, no entanto, não teve espaço na mídia. Ao tentar associar um homem pró-Israel como Bolsonaro ao nazismo, a mídia e os comunistas brasileiros fizeram o que sabem fazer de melhor: o agitprop, isso é, agitação e propaganda que, infelizmente, ainda funciona e engana muitos incautos pela triste realidade dos fatos.

Políticos, como a mídia, adoram construir narrativas onde são seres perfeitos. Suas ideias jamais são erradas, ainda que sejam facilmente rechaçadas em debates relevantes e interessados. Nessa campanha, o que tivemos de Bolsonaro foi alguém altamente capaz de debater com profundidade. Me arrisco a dizer, com toda certeza, que foi Haddad quem escapou de um debate com o Bolsonaro. Certamente não teria ganho esses 16 milhões de votos que vieram, em parte, como fruto do agitprop.

A escolha de 57 milhões de brasileiros pela liberdade passa pela busca pelo conhecimento. Essa busca deixou de depender da mídia e passou a contar com a força da internet. Não se trata tão-somente das redes sociais, mas o acesso à bibliografias, a histórias, vídeos, documentários, textos, aulas e informações facilmente obtidas com cliques e visualizações. Muito se pode aprender até mesmo com a Wikipedia, que dirá com sites especializados e com a dica de amigos por meio dos sistemas de comunicação.

Como o Brasil não conta com um sistema de segurança de internet similar ao chamado “Great Firewall of China”, onde se bloqueia até mesmo busca por palavras como “democracia”, essa busca pela liberdade pode ocorrer com mais tranquilidade. Bolsonaro soube utilizar essa onda de forma inteligente. E coube, portanto, ao brasileiro, retribuir-lhe em voto pela inteligência.

No fim, aprendemos duas coisas: a liberdade pode se disfarçar de tirania e a tirania pode se disfarçar de liberdade. Bolsonaro abusou da polêmica se colocando como um suposto tirano conservador, mas sempre soube chegar no limite do aceitável. Em declarações como “você não merece ser estuprada”, ele dá o exemplo de uma situação em que se defende da acusação do estuprador quase parecendo um total tirano, porém, na verdade, sendo extremamente cavalheiro, afinal nenhuma mulher merece ser estuprada.

A tirania também se disfarça de liberdade. É o caso do Lula, que escreveu a cartinha para se dar bem com o empresariado brasileiro e criar bases para o capitalismo de compadrio que compôs no Brasil com a ajuda do BNDES, uma criação getulista. É o caso também do Haddad, que, no primeiro turno, revelou-se um tirano que queria a sovietização do Brasil em seu plano de governo para, no segundo turno, tornar-se um amante da democracia que tinha medo da suposta ditadura que Bolsonaro traria.

“Acuse-os do que você é”, regra do decálogo de Lênin, é a máxima da esquerda para tudo. Quando acusam conservadores e liberais de fascistas, o fazem porque eles mesmos agem de forma similar ao fascismo. Quando acusam os outros de serem ditadores, portanto, é porque eles mesmos queriam ditadura. Lula deixou claro que iria controlar a mídia. José Dirceu deixou claro que o PT tomaria o poder. Haddad deixou claro, em seu plano de governo do primeiro turno, que queria construir uma constituição cada vez mais bolivariana e implantar impostos para eliminar a classe média e alta do Brasil, forçando-a a buscar ares novos em países menos comunistas de extrema-esquerda.

Livramo-nos, portanto, da tirania de extrema esquerda. Aprendamos a lição, no entanto, dos disfarces. Afinal, se algum dia nossa liberdade estiver totalmente ameaçada, é disfarçando-nos de tiranos que poderemos resistir a essa tirania. E se a nossa liberdade está garantida, ainda assim é preciso que os indivíduos tenham alguma autoridade para impedir o equívoco dos representantes eleitos pela nossa vontade. Caberá ao povo, portanto, ter a liberdade de controlar os políticos que, por sua vez, jamais deveriam sentir-se livres para fazer o que quiser. Os políticos devem, sim, estarem submetidos à tirania do povo que os elegeu. Do contrário não há qualquer hipótese de democracia.

 

3 comentários

  1. E que nunca esqueçamos isso. O pt e Lula devem sempre ser lembrados, tal como fazemos com o nazismo, senão, pelo esquecimento, poderemos novamente correr o risco iminente de perder a liberdade.

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