Está mais do que claro, a essa altura, que a COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, pode se tornar tanto uma doença endêmica, quanto uma doença crônica. A supremacia viral da doença tem se mostrado uma surpresa para a humanidade. Muito pouco ainda se sabe sobre a doença, apesar de já termos vacinação para o vírus. Decerto, descobriremos ainda muita informação e sairemos dessa com uma visão completamente diferente de nossa própria ignorância.
O que sabemos sobre a doença?
Na verdade sabemos muito pouco, mas o mais importante é saber que o vírus entra nas células humanas por meio do receptor ACE2 (ECA2, em português). Esse receptor é extremamente importante e, normalmente, é expresso em maior quantidade em pessoas com hipertensão e diabetes, especialmente não tratadas. Daí a importância de comorbidades, tais como essa, para a gravidade da doença.
Também sabemos que uma forma de combater o vírus é combatendo sua espícula (spike protein), que é responsável pela conexão do vírus com as células, permitindo a entrada do material RNA que irá provocar a replicação de várias cópias no organismo. Todas as vacinas hoje são voltadas para combater especificamente esse trecho de RNA do vírus, sem o qual ele se torna inócuo, não conseguindo infectar mais as células.
Também sabemos, a essa altura, que a COVID pode se tornar uma doença crônica, tendo sintomas por muitos meses. É o que chamamos de COVID longa. Isso não é incomum. Outras doenças, como a chikungunya, também apresentam tais características, com pacientes sentindo dores nas juntas por períodos, por vezes, maiores do que 6 meses.
Não surpreende, pela própria característica do vírus de infectar as células por meio do receptor ACE2. O grande problema é que esses receptores estão em toda parte do corpo, mas especialmente expressos nas células do aparelho respiratório. Daí a propensão a causar doença pulmonar grave.
Mas não é só. COVID tem outras características que a tornam também uma doença provocadora de coágulos. Some-se a isso sua característica de causar a superoxidação do corpo. E, por último, COVID é uma doença inflamatória, tendo mecanismo relacionado aos inflamossomos no corpo humano. Então, com isso, temos aí várias oportunidades de tratamento que podem servir, substancialmente, para ajudar no processo de redução de mortes e internações por COVID, abrindo espaço para reduzirmos a taxa de fatalidade da doença, hoje em torno de 2%, para algo próximo de 0,1%, tornando a COVID, de fato, uma “gripezinha”.
Tratamento e prevenção
As novidades em tratamento são muitas, mas não podemos nos esquecer que nenhum tratamento funciona por completo. Cada corpo humano tem sua própria bioquímica, e o que funciona para uma maioria, pode não funcionar para todo mundo.
Em primeiro lugar, basta uma rápida visita ao Worldometers para ver algo bastante estranho ocorrendo. E contra dados fica bastante difícil argumentar. Vejamos:
Enquanto Itália e Inglaterra possuem taxas de mortalidades de 3,24% e 2,95% respectivamente, outros países como Turquia, Índia e Estados Unidos apresentam taxas de mortalidade de 1,04%, 1,40% e 1,81%. No mundo, a taxa média de fatalidade é de 2,2%, estando o Brasil com 2,4%, ou seja, próximo da média mundial. Mas o que fazem os países que estão abaixo da média?
Quanto aos Estados Unidos, uma explicação mais clara é a alta disponibilidade de testes. Com um número de 371 milhões de testes realizados, imagina-se que o número de fatalidade dos Estados Unidos seja o mais próximo possível de um número real global. A maioria dos países não possui um nível de vigilância epidemiológica com alta qualidade dos dados hoje.
Mas o que poderia estar ocorrendo na Índia e na Turquia? Em primeiro lugar, a Turquia abraçou o tratamento precoce com hidroxicloroquina e também investiu em drogas como a ivermectina, como pode ser visto nessa matéria da BBC: Coronavirus: How Turkey took control of Covid-19 emergency
E a Índia? Um dos motivos mais óbvios, é claro, é que a idade média da população indiana é extremamente jovem: 28,4 anos. Outro fator é que os números podem estar equivocados, já que em muitas áreas rurais da Índia a vigilância epidemiológica não funciona. Mas os grandes centros urbanos possuem melhores estatísticas e testagem, então não se pode ignorar o que está acontecendo por lá.
E, como se pode ver nesse artigo do portal indiano The Print, de novembro de 2020, a droga ivermectina vem sendo usado por lá com sucesso. Ao contrário do que diz a imprensa brasileira, os médicos de lá descobriram grande efetividade na droga. A matéria cita várias pesquisas e pode ser conhecida neste link.
Não bastando isso, diversas pesquisas demonstrando a efetividade da ivermectina já existem. Numa meta análise que está sendo disponibilizada para o governo britânico, a doutora Tess Lawrie trouxe dados ao canal do Dr. John Campbell, que já anunciou que governos europeus como os da Eslováquia e da República Tcheca já liberaram o uso da ivermectina contra a COVID-19.
A vacinação ainda é uma forma de prevenção com bastante eficácia, conforme diversos estudos vêm demonstrando. Apesar dos riscos associados, a forma como as vacinas foram desenvolvidas parece bastante efetiva. Em vez de utilizar vírus vivo, ou até mesmo vírus atenuados, as vacinas para COVID todas utilizam ou o vírus morto (caso da Coronavac aqui no Brasil) ou utilizam apenas o material da espícula como base, incapaz, por si só, de causar doença.
O grande problema das vacinas é a capacidade de produção dos laboratórios. Não resta dúvida de que elas serão necessárias, mas, sob pressão do mundo todo, a entrega dessas vacinas deve demorar bastante. E isso globalmente. Estamos falando de falta de vacinas até mesmo para os países da Europa, para o EUA e para o Brasil. Os países produtores irão sempre reservar a maior parte dessa produção para suas próprias populações. E o Brasil está longe de produzir vacinas com a larga escala necessária para o momento em que vivemos.
É portanto necessário termos outras opções viáveis de tratamento para as mais diversas fases da doença e também para a COVID longa. A ivermectina também vem sendo usado tanto em pacientes graves, quanto em pacientes com poucos sintomas, com bons resultados em todos os grupos. É evidente que ela não funciona em todos os casos, mas os exemplos da Índia e da Turquia mostram que não deveríamos olhar para o outro lado.
A imprensa brasileira recentemente resolveu polemizar e dizer que a ivermectina causa hepatoxicidade do fígado quando usada em excesso. Isso tampouco é verdade. Uma dose de até 6mg/30kg de peso de ivermectina por 2 a 3 dias é considerada segura. A toxicidade da ivermectina é baixíssima. A Dra. Tess Lawrie, em vídeo com o Dr. John Campbell esta semana, explicou que, ao longo de 40 anos de uso da ivermectina, só se conhece casos de reações graves de apenas pouco mais de 4 mil pacientes. Além disso, só se sabe de 16 mortes associadas ao longo de 40 anos de uso dessa medicação.
Por que a imprensa brasileira espalha boatos sobre possíveis tratamentos que funcionam? Em parte pelo exemplo de uma paciente que teve hepatite medicamentosa por tomar 126mg de ivermectina, uma dose muito acima do que é considerado ideal para tratar a COVID. Ou seja, não se pode tratar a exceção como regra. A dose total ideal, para uma pessoa de 70kg, seria algo como 12mg/dia por apenas 2 ou 3 dias, totalizando 24mg a 36mg no total. Existem outros remédios que causam hepatite medicamentosa. Um deles é o paracetamol, o Tylenol, que, se tomado em excesso, pode fazer o fígado falhar. Nenhum remédio em excesso é seguro, e todo profissional de saúde sabe disso. As pessoas precisam, naturalmente, educarem-se sobre o que é melhor para elas, pois nem toda informação é confiável.
Muitas vezes a verdade está escondida no meio dos artigos, e não nas manchetes e chamadas para a matéria. Ou ainda, verificar a fonte para validar a informação. Vejamos:
”Por uma semana” não é bem o que temos visto por aí. Na realidade, médicos têm usado com sucesso uma dose de 0,2mg/kg em diversos países, por apenas dois dias. Mas o FDA, inclusive, publicou um artigo sobre Ivermectina. Porém, no caso deles, estão advogando contra o uso de ivermectina animal em humanos, pois alguns americanos estão usando remédios veterinários, o que não é uma boa ideia. Mas a ivermectina humana tem, sim, ação antiviral.
É o que vemos aqui nesse artigo, maravilhoso, aliás, que detalha a ação dessa droga contra dengue, zika, febre amarela, COVID-19 e diversas outras doenças animais e humanas. Incrível “panaceia” que estava ali sendo usada como um mero remédio para piolhos. Quem diria?

Porque não interessa a grandes grupos empresariais que uma droga genérica e barata possa funcionar para ajudar numa crise tão séria como uma pandemia do novo coronavírus. Mas o compromisso com a verdade é o que importa e é isso o que me motiva a escrever.
Outras medicações, como a Acetilcisteína, Vitamina C, Vitamina D e outras também auxiliam na prevenção de doenças graves. Não apenas da COVID-19, também conhecida como CCPVírus. O Dr. Seheult lista as seguintes:
- Vitamina C
- Vitamina D (4000 UI/dia)
- Acetilcisteína 600mg 2x/dia
- Quercetina (presente na cebola)
- Melatonina
- Sono (7 horas ou mais)
- Zinco
- Sauna e Banhos quentes seguidos de frios (sério, quem diria?)
A transmissão ocular e mental do coronavírus
Outro ponto importante sobre a prevenção de COVID é a utilização de máscaras. Apesar de concordar que as máscaras servem para evitar uma maior produção de aerossóis quando falamos ou respiramos, sabemos que a maioria das máscaras de pano e cirúrgicas não são tão eficazes para evitar adquirirmos infecções, ainda mais como as do novo coronavírus que hoje, sabemos, são transmitidas pelo ar.
Ainda assim, apesar de não evitar, as máscaras podem ter importante papel protetor ao diminuir substancialmente a carga viral com que temos contato, evitando, assim, uma progressão de doença severa do COVID, algo que pode ocorrer com maior probabilidade quanto maior for a carga viral no momento do contágio.
Mas o que pode ser uma grande novidade, ainda ignorada, é o fato de o coronavírus poder ser transmitido por contato das partículas virais presentes em aerossóis diretamente nos olhos.
É o que fala esse artigo da WebMD. O artigo conta a história do virologista Joseph Fair, Ph.D, que voou num avião usando máscaras e luvas com aeromoças que não utilizavam máscaras. Ele utilizou máscaras profissionais, mas não utilizou proteção ocular e, ainda assim, foi contaminado pelo SARS-CoV-2.
O artigo também fala sobre pesquisas que estão caminhando nessa direção. Se isso for confirmado, estará também confirmada toda a nossa ignorância sobre contágio de viroses e sobre como ainda não sabemos absolutamente nada sobre a natureza. Mas finalmente saberemos que máscaras ajudam, mas proteção ocular poderá ser também cada vez mais necessária, sobretudo em ambientes fechados.
Já o que me refiro como “transmissão mental” do coronavírus nada mais é do que o fato de que as pessoas já estão sofrendo com doenças psíquicas, como depressão e ansiedade, por causa do vírus.
São sintomas associados ao isolamento severo que diversas pessoas estão sendo obrigadas a manter. Não é nada fácil. O homem é um animal social e político, com necessidade de interagir. Não poder interagir com as pessoas gera uma tristeza profunda, grande falta de energia e extrema ansiedade. Infelizmente esse sintoma da COVID está afetando até mesmo quem não se contagia com o vírus. E certamente muitos pacientes vão precisar de atenção psicológica e psiquiátrica nesse e no próximo ano.
A recuperação da economia e da sociedade será muito mais longa?
Tendo a acreditar que, com a vacinação e com tratamento precoce, a pandemia deve se tornar endêmica e a preocupação com ela deve ser a mesma preocupação que já temos com o vírus da influenza, causador da gripe.
A dúvida, no entanto, é quando chegaremos lá, já que a pressão sobre os serviços de saúde está muito alta e, mesmo tratamentos como a ivermectina, ou até mesmo a colchicina, que também está sendo testada, podem não funcionar em todos os casos.
O grande problema dessa pandemia é a falta de informação sobre o contágio. Até o momento, pouco ou nada se ouve falar sobre proteção ocular, por exemplo. Também pouco se fala sobre a ventilação em lugares fechados, extremamente importante para fazer circular o ar e evitar que aerossóis fiquem por oras nesses ambientes.
Enquanto nada disso for discutido com propriedade, o contágio seguirá aumentando. Atividades escolares, por exemplo, com salas de aula pouco ventiladas, são locais extremamente propícios para a transmissão ocular, por exemplo, mesmo com o uso de máscaras. Festas, bares e restaurantes, naturalmente, onde as pessoas sequer usam máscaras, tornam extremamente fácil o contágio.
Mas é exatamente porque estamos descobrindo todas essas coisas que talvez mais lockdowns não sejam tão necessários.
Se as políticas de prevenção incluíssem mascaras profissionais e proteção ocular, por exemplo, já veríamos um recrudescimento maior do contágio do que estamos vendo hoje. Se políticas de ventilação em locais fechados fossem dispostas, poderíamos ter mais lugares abrindo e menos oportunidades de transmissão. Se tratamentos profiláticos fossem aceitos, talvez pudéssemos usar mediçacões que evitassem o contágio ou a doença severa, e assim poderíamos reabrir a economia mais rapidamente.
O maior exemplo de reabertura do mundo está vindo de Israel. Com uma grande parte de sua população já vacinada, Israel já está experimentando uma reabertura de diversos locais, com cada vez menos pessoas tendo a necessidade de máscaras, e cada vez mais a vida volta ao normal naquele país.
Se for para servir de bênção, que o exemplo de Israel possa dirimir as dores do mundo e que possamos novamente sair por aí sem que a nossa voz esteja embotada, sem que precisemos estar o tempo todo mascarados. Que assim seja.
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Quer saber mais sobre a origem do vírus? Veja o vídeo abaixo: