A tirania do meme do lockdown

Tolhidos que estamos das ações, incapazes de movimentos em grandes perímetros, a mente salta junto com as emoções e é chegada a hora de sermos mais fortes.

A guerra não se vence sem baixas. Os primeiros serão os adoecidos, depois os falidos, depois assumem os militares países afora e o país mais livre do mundo passará a ser a China. Ou a Rússia.

Uma pandemia global de paranoia se espalha como um meme. Não desses engraçados que viram figurinha no WhatsApp, mas memes de verdade.

O tema é sério e virou disciplina nos anos 90: memética. O meme é uma ideia, comportamento, estilo que se espalha por imitação. Estamos falando de algo mais profundo, como o que explica a moda, a literatura ou a arte de uma época. O meme influencia pelo que a pessoa experimenta. É empírico. O meme se repete porque ele funciona. Não por acaso ganhou novo significado com a internet nos últimos anos. Não porque memes são engraçados, mas pelo comportamento de imitação que temos ao enviar esses memes ao recebê-los.

Se memes tem a ver com imitação, o mundo vem imitando a China como forma de debelar uma doença altamente transmissível. O coronavírus, de uma família já conhecida e estudada, que pode ser combatido com remédios e vacinas. Existem vacinas de coronavírus para cães no calendário de vacinas. Por que tanto desespero?

Ano passado morreram, no Brasil, 796 pessoas por H1N1, uma doença com sintomas similares, 4.500 pessoas por tuberculose, uma doença na qual o Brasil tem mais de 70 mil pacientes confirmados.

Colocando em contexto a letalidade, o H1N1 foi muito mais letal ano passado por aqui. Contaminou 3.430 pessoas confirmadas e matou 23%. Qual a forma de prevenção contra o H1N1? A mesma do coronavírus. Qual o tratamento do H1N1? O mesmo do coronavírus. Não estávamos escandalizados o suficiente.

Em países que de fato fazem testes na população, a mortalidade não é tão grande. Mas na Alemanha, curiosamente país que não apresenta nem de longe a letalidade de outros países no Europa, está também em lockdown.

Os países que sempre estiveram num lockdown político no mundo, as ditaduras de sempre, olham para isso com alegria. A globalização que vinha trazendo força para a ideologia ocidental no mundo foi deixada de lado. Como um meme, grandes democracias se transformaram no Big Brother de 1984. George Orwell sequer imaginaria plano tão ardiloso.

Está óbvio que a China não queria lançar vírus algum contra o próprio país. Mas também está claro que soube e quis esconder o máximo possível. Permitiu o ano novo acontecer normalmente. Certamente acreditavam que poderiam exportar um meme de totalitarismo e eficiência inalcançáveis para a fraca e velha civilização ocidental, sendo pioneira em isolamentos e hospitais temporários e controlando a circulação de pessoas à força.

Assim vi o primeiro vídeo de policiais em Madrid falando com uma pessoa que ela não poderia sair de casa de forma embrutecida. Depois cenas de força nas praias de Santa Catarina para reforçar a quarentena. O estado tolhendo o nosso direito de ir e vir em meio a uma guerra sanitária contra um ser invisível.

O brasileiro não é um ser atomizado. Mas está em rápido treinamento para tornar-se refém do mando estatal. A TV só fala de quarentenas e receitas. Os portais de notícia só anunciam o apocalipse. Onde está a necessidade das pessoas de lutarem por algo melhor?

Onde está nossa vontade de sermos melhores. De lutarmos pelo nosso destino? De buscarmos nossa liberdade?

O vírus é altamente contagioso e certamente levará os mais frágeis. Os que sobreviverem e ficarem imunes dessa geração de gente frágil, do Brasil e do mundo, certamente precisarão aprender a serem fortes. Não será fácil reerguer o mundo dessa situação, pior do que uma guerra mundial. Pois uma vez atados os grilhões em nossos pulsos, será preciso lutar para retirá-los.

A verdadeira pandemia do meme está levando governos mundo afora para essa imitação global do neototalitarismo eurasiano. As ânsias de controle da população, de quebra de sua privacidade e de conhecimento de suas ações nos mínimos detalhes não vão parar. Todos vocês, leitores, serão escrutinados, analisados, metrificados e nem mesmo a sua temperatura corporal deixará de ser notada. Sistemas de inteligência artificial funcionarão cada vez mais para analisar a sua temperatura em todos os lugares que você for. Você será reconhecido e sua pontuação de “nível de cidadania” definirá quem você é.

Seu nível alto lhe fará especial, prioritário e parte de um clube neopolítico de elite. Seu nível desprezível o tornará ignóbil e irrelevante. Você terá níveis de autorização de saúde para sair de casa e deverá ser testado todos os dias para saber se tem o “sinal verde” e pode sair. Caso o sistema detecte que você está com febre ou parece estranho, você terá de ficar em quarentena.

Eventualmente algumas pessoas perderão sua permissão para sair por saúde. Outras por motivos políticos, mas vão alegar saúde. Outras ainda por motivos de relevância, mas tudo vai ser em nome da saúde.

Não estou dizendo que não devemos nos preocupar. Pelo contrário. Estou dizendo que, no futuro, teremos de lutar contra essas tiranias governamentais que nos serão impostas. A elite governamental faz tudo em nome de si mesmos dizendo que faz pelos outros, mas têm o objetivo de desorganizar as pessoas, desagrupá-las, doutriná-las na arte do que é “certo”, por meio da grande mídia, que significa trabalhar, pagar impostos e fazer de conta que você escolhe alguma coisa em nossa farsa-democracia.

Por fim, essa nova peste, não o meme da tirania, mas o vírus, ele será só uma pneumoniazinha mais forte que vai levar alguma porcentagem da humanidade com ele. Isso pode variar de 1% a 10%, a depender de cada país. Ele levará consigo muitos idosos repentinamente. Em termos macroeconômicos, isso significa muito dinheiro na mão de governos que taxam heranças e outras avenças. Esses governos, muitos falidos, devem lucrar com a tirania. E lucrarão também na base do déficit, já que governo não produz nada.

Por fim o que veremos serão políticos imprimindo moedas e fortalecendo suas economias com uma boa dose de inflação. Isso já está vindo junto com controle de preços. O resultado disso será catastrófico para esses países. E é assim que o Xi e o Putin vão conquistar o mundo.

Um plano perfeito para passar a ser o centro das atenções e gerar um clima de absoluta incerteza na humanidade. Tudo isso enquanto saem comprando tudo mundo afora, inclusive empresas de comunicação brasileiras. Por que não?

Enquanto você está aí em pânico lendo esse artigo, lembre-se: há uma chance entre 90% e 99% de que você sobreviverá e saíra dessa situação muito mais forte. E você precisará de força para poder lutar por sua liberdade. Novamente.

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